"não existe passado nem presente sem ti…", podemos ler na sinopse. mas esta não nos prepara para o que vamos ver, sentir. 15 mulheres, um palco, estabelecimento prisional de santa cruz do bispo - um nome complexo e sem a carga emocional de "prisão". enquanto a peça avança, esta fantasia consentida enche-nos, ficamos curiosos: quem são estas mulheres? o que representam? quem representam? porque estão aqui? sempre que vejo teatro pergunto-me que pessoas se escondem atrás das personagens. neste caso essa pergunta era ainda mais premente, uma vez que as pessoas e os seus rostos pareciam estar em indefinição constante: de prisioneira, a pessoa, a personagem numa peça, novamente a pessoa e mais uma vez algo mais, algo intermédio para o qual não sei o nome. "não existe passado nem presente sem ti…", podemos ler enquanto nos perguntamos se somos a pessoa que falta para completar o círculo.
1 comentário:
Caro José
Voltei! Tarde, mas voltei.
Esta série das presidiárias está muito bem, excepção feita a uma ou duas imagens, mas o conjunto está esplêndido.
Parabéns
G.J.
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